Lucinda,
ou Luce, é uma garota de treze anos que vive um “dilema” enorme. Ela queria ter
16.
Filha
de pais separados vive com a mãe “extremamente” controladora. Na escola, não
faz parte do time das populares e descoladas. Tem uma amiga inseparável, Rafa,
e um amigo que é apaixonado por ela, Bruno. Seu pai, já tem outra família, e
apesar de um pouco ausente, é quem parece ser mais compreensivo. Em casa ela só
pode contar com a cumplicidade da Vó Candinha, mas essa também não está
presente o tempo todo. Sua mãe, vista como estressada, está sempre trabalhando
e se preparando para o segundo casamento. E Luce se vê no meio de
todo esse imbróglio e talvez por isso, sozinha, só confie na amiga, que tem a
mesma maturidade que ela. Ou seja, de uma garota de treze anos.
Lucinda
e Rafa aprontam muitas embrulhadas na escola. Para tirar Bruno de seu caminho,
decide dar uma de Santo Antônio e fazer o namoro entre ele e outra garota.
Lógico que não dá certo. E acontece a maior confusão.
Luce,
mais que Rafa, é louca para ter dezesseis anos e deixar de ser BV. Para isso,
ela recorreu ao velho truque da maquiagem, pois descobriu que é assim que uma
das garotas da escola faz para parecer mais velha.
Em
um passeio no shopping, com sua inseparável amiga, após comprar um kit de
maquiagem tão desejado, ganhou uma demonstração da vendedora, de como usar
corretamente para parecer ter dezesseis anos. E foi com essa
aparência que ela conheceu Noah, um garoto mais velho, vocalista de uma banda
que estava tocando naquele momento, no shopping. Ela mal pode acreditar que o
carinha estava encarando seus belos olhos verdes.
Outra
das paixões de Luce era aprender a tocar violão. Matriculou-se numa escola e,
para sua surpresa, o professor era Noah. E é aí que começam as maiores loucuras
da garota.
Não
dá, Luce! Você age como uma menina de treze anos o tempo inteiro.
Ela
mente e diz que tem dezesseis anos e não faz ideia do quanto estava metendo
Noah numa fria, se algo ruim acontecesse. Eles se apaixonam e lógico, o carinha
no auge dos dezoito anos, não quer apenas um namoro de pegar na mão. E é quando
ela conta a verdade. E mais confusões acontecem.
Eu
já tive treze anos. Eu também quis ter dezesseis, dezoito...
A
história é dedicada ao público juvenil, mas pode encantar a qualquer um que
ainda guarde na lembrança as aventuras e desventuras da adolescência. É narrada
em primeira pessoa, pela personagem principal, Lucinda ou Luce, e a autora
soube explorar com habilidade o mundo de uma garota de treze anos nos dias de
hoje. Os dilemas, desejos, ansiedades, cobranças prematuras e por vezes
superficiais.
Na
história Luce nos deixa ver sua mãe como controladora e careta. Eu não vi
assim. Desculpe-me, sou mãe. Os valores que “Dona Bete” recebeu como corretos,
o modo de vida, comportamento, ela tenta repassar para a filha, e é assim que
toda MÃE faz, mesmo que insistamos em dizer que não. O que fazemos é apenas nos
atualizar. Nós mães somos medrosas e protetoras. Agimos como quando criamos
papagaios. Cortamos apenas uma asa para ele não poder voar e fugir. Ok, às
vezes em demasia, mas é sempre por amor. Acontece que um dia a gente deixa as
duas asas crescerem e nossas crias voam alto, mas sempre voltam para o ninho. E
eis a melhor parte de ser mãe.
Afinal,
o que Luce não sabe é que Noah é seu primeiro amor. Com certeza não será o
último. Ele ainda não é “te amo para sempre”. Ela só tem treze anos. Tantos
sonhos e planos, tantas dores e amores, uma vida inteira pela frente. Não
adianta atropelar as fases da vida.
E
é claro que o fim da história deveria ser como foi. Quem quiser saber, vai ter
que comprar o livro.
Meu
conselho para as garotas de treze é que aproveitem os amigos, a escola, os
professores, as brincadeiras, os passeios ao shopping, os meninos de sua idade,
mesmo bobinhos, mas um dia eles amadurecem. Ok, alguns apodrecem e não
amadurecem, mas tudo bem, nós conseguimos lidar com isso. Enfim, aproveitem
tudo o que vocês puderem, pois cada acontecimento de suas vidas aos treze
servirá para o amadurecimento como pessoa.
Não
queiram atropelar o tempo, pois ele é cruel, passa rápido e não retorna. Tudo o
que vocês viverem agora, um dia, ao olhar para trás, sentirão saudades. Não
tenham pressa. Vivam cada momento de suas vidas hoje, pois o amanhã chegará com
certeza, mas o ontem jamais voltará.
A
garota de treze – Lílian Reis
Mundo
Uno Editora – Selo Jovem
219
páginas
Adolescência é uma fase fascinante, onde nos achamos com "força total" capaz de conquistar todos nossos sonhos e desejos. É como se tudo fosse possível. Ansioso para começar a ler esse livro que ganhei de uma pessoa "muito especial". Essa resenha só deu mais vontade ainda de começar!
ResponderExcluirObrigada pela visita, Evandro. Você irá gostar. Pode apostar. Bjs
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ResponderExcluirAdorei a sua resenha, Edna Guedes. Instigante. Obrigada pelo carinho com o qual sempre trata meu travalho. Beijão. Lilian.
ResponderExcluirFico feliz que tenha ficado feliz, Lílian.
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