Rachel Keats e Jack McGill eram pintores,
profundamente apaixonados quando se casaram, até que as pressões da vida
começaram a cobrar o seu tributo. Depois de dez anos de casamento, eles de
divorciaram e seguiram por caminhos separados. Jack permaneceu em San
Francisco, e Rachel com as duas filhas pequenas para Big Sur. Passados seis
anos, Jack recebe um telefonema pedindo que vá ao hospital em que a ex-esposa
se encontra internada, após sofrer um acidente automobilístico na estrada.
Enquanto ela permanece em coma, Jack se mantém em vigília à sua cabeceira e
descobre, então, uma Rachel que não conhecia. Ele passa as ver Rachel, as
filhas e a s história de seu casamento com novos olhos. Em A Estrada do Mar,
Barbara Delinsky descreve com precisão refinada os laços que nos ligam às
pessoas e lugares que mais amamos.
Senta
que lá vem história… E das boas!^^
Em
meio a onda de romances sobrenaturais muitas vezes regados a sensualidade e
sexo selvagem que assola o mundo literário atual, este livro funcionou como um
bálsamo para o meu espírito me fazendo pensar se tudo aquilo que damos
prioridade na vida é de fato importante. Trabalho? Sucesso? O que eles são
quando se perde tudo o que de fato conta: aqueles a quem amamos?
E
assim, mais uma vez, Barbara Delinsky, a mestra em desvendar o lado psicológico
do ser humano e suas crises pessoais, a escritora que tem o dom de criar
estórias com uma força emocional e profundidade exacerbada, dá um show de
inteligência e criatividade num romance extremamente simples que conseguiu me
levar às lágrimas e isso é um marco – (não sou de chorar).
Rachel
Kaets é uma pintora sensível muito ligada a natureza e as coisas simples da
vida. Sabe que encontrou o amor e o amante que sempre quis para si em Jack
McGill – um homem ambicioso por conta da origem humilde – com quem casou e teve
duas filhas: Samantha e Hope.
E o
sentimento que os unia não foi páreo para o desejo de Jack de vencer, de
mostrar ao mundo seu talento como arquiteto, levando a sua amada a ir embora de
sua vida. Amargurado e orgulhoso, ele permanece em San Francisco e Rachel parte
com as filhas para um paraíso chamado Big Sur.
Até
que seis anos depois, ele acorda na madrugada com um telefonema avisando-o que
sua ex-esposa está em coma e as duas filhas que mal tem contato precisam de sua
ajuda. Sem exitar e sem saber, ele parte para uma viagem que é uma mudança
muito mais profunda do que aparenta ser. Em Big Sur, enquanto a ex-mulher está
em coma e as filhas atordoadas, ele descobre através de amigos e vizinhos uma
Rachel que ele desconhecia, começa a ver a separação de ambos por uma outra
ótica, começa a perceber que deixou escapar pelas mãos tudo aquilo o que de
fato conta: o amor e as pessoas que amamos. E é ali na iminência da morte que
inconscientemente ele roga por uma segunda-chance sem nem saber se a merece e
começa a rever sua vida, seus valores e o sentido da felicidade.
Rachel
é que nem as outras mocinhas de Barbara: frágil, mas forte, apaixonada mas
repleta de amor próprio. Ela não é uma mulher de ficar em segundo plano e nem
de baixar a cabeça ante as dificuldades. Acima do amor que sente por Jack está
o amor por si própria, pelas filhas e pela vida. Jack não é um mau-caráter, é
apenas mais um de nós que se perde do objetivo principal: ser feliz. E aí,
confunde dinheiro, fama e sucesso com felicidade obrigando a mulher a viver em
um mundo de futilidade e aparências que povoou a vida de Rachel e a fez querer
uma realidade mais simples, mais humana.
Este
é um livro de lição de vida com pitadas de sedução, que fala ao coração tanto
no exemplo do casal principal como nos dois casais coadjuvantes – o que é bem
da Barbara trabalhar e fazer como ninguém. Temas delicados e seus traumas
psicológicos como acidentes que levam alguém a paralisia de membros e a
mastectomia e seus resultados em uma mulher cancerosa são tratados com
maestria.
Parabéns
a Bertrand Brasil pelo livro: um excelente acabamento, uma linda capa e
pouquíssimos erros na impressão.
RECOMENDADÍSSIMO!
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